ALFREDO GOMES

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Alfredo Gomes foi o primeiro negro brasileiro a disputar o atletismo em Olimpíadas na França. Ele carregou a bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Verão de 1924, em Paris. Mesmo sendo favorito nos 5.000 m, Gomes fracassou – a prova foi disputada sob severas condições de terreno e climáticas, tendo sido concluída por apenas 15 dos 38 participantes.Apesar de não ter se dado bem em Paris, Gomes era o recordista brasileiro dos 10 mil metros da época, com 33’21”. Os 8.800 m da São Silvestre pioneira, Gomes fez em 23’19″04, tornando-se o primeiro ganhador da primeira Corrida de São Silvestre, de São Paulo.Era a passagem do ano de 1925 para 1926. Os 49 participantes da São Silvestre saíram do Parque Trianon, na avenida Paulista, e chegaram 8.800 mts depois na avenida Tiradentes, em frente ao bar da dona Sunta, da Atlética São Paulo. “Era o único lugar que tinha luz ali”, justificou Bruno Di Tolla, em declarações gravadas em julho de 1982. Bruno foi companheiro de Alfredo Gomes e contou que “boa parte do percurso foi feita no escuro”.O jornalista e escritor Henrique Nicolini, que durante anos atuou na organização da corrida, conta que Alfredo Gomes frequentou a São Silvestre até os anos 60 e de modo entusiasmado, colaborou de diversas formas, até mesmo na arbitragem.Quando Alfredo Gomes optou pelas corridas, o futebol perdeu um veloz atacante. Aliás, foi nos gramados que o campeão da São Silvestre descobriu sozinho sua vocação para o atletismo.O corredor era conhecido por sua técnica e pelo comportamento humilde. Funcionário da Companhia Telefônica Brasileira, Gomes era o responsável pela fiscalização das linhas que atravessavam a Serra do Mar. Vencendo a pé as matas e os terrenos difíceis daquela região para realizar seu trabalho, ele aproveitava para cuidar de seu condicionamento físico.

O corredor morreu em 17 de março de 1963, aos 70 anos.

Fontes: Jornal Diário de São Paulo (15/12/2001), Uol Esportes, Wikipedia

DEISE NUNES

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A gaúcha Deise Nunes de Souza foi a primeira – e única – negra eleita Miss Brasil. Descoberta em 1984 pelo diretor social do Sport Club Internacional, concorreu ao concurso Rainha das Piscinas, realizado em Porto Alegre, sagrando-se vencedora, quando contava apenas 16 anos.

 

Deise Nunes nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 30 de março de 1968 e foi a quarta representante do Rio Grande do Sul a ser coroada Miss Brail, mas a coroação foi tumultuada. O motivo? Sua pele negra, vitoriosa, em um estado reconhecido por uma maioria de mulheres loiras de olhos claros. As famílias das demais candidatas reclamaram com tal ferocidade que a votação teve de ser repetida por três vezes para confirmação de sua vitória.

Deise foi, também, a primeira negra a disputar o Miss Universo, conquistando o sexto lugar. Na época, ela estava com 18 anos.

Deise Nunes seguiu carreira de modelo e apresentadora de TV.

No YouTube. vários vídeos registram o momento da coroação e a disputa do concurso Miss Universo.

HERALDO PEREIRA DE CARVALHO

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Heraldo Pereira de Carvalho nasceu em 1º de setembro de 1961 em Ribeirão Preto, no interior paulista. Ainda adolescente, trabalhou no jornal interno de uma companhia telefônica da prefeitura e na Rádio Clube de Ribeirão Preto. Aos 18 anos, conseguiu um estágio como repórter da TV Ribeirão Preto, afiliada da Rede Globo. Na Globo-São Paulo, Heraldo chegou em 1985 e, dois anos depois, foi transferido para a sucursal da emissora em Brasília, onde fincou raízes..

Sinônimo de voz, dicção, entonação e faro ótimo para a notícia, o jornalista, formado pela Pontifícia Universidade Católica, participou de coberturas importantes, como a promulgação da Constituinte, em 1988, as posses dos presidentes Figueiredo, Sarney, Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique e Lula, além de fatos internacionais.

Mas é no despontar do século XXI que Heraldo passa a integrar a galeria dos pioneiros negros: em 2001, como apresentador do DFTV e do Bom Dia DF; em 2002, como apresentador do principal programa jornalístico da televisão brasileira, o “Jornal Nacional”, e, em 2007, como primeiro comentarista político negro da mesma Rede Globo.

Ao ser perguntado sobre como recebeu a notícia de que apresentaria o “Jornal Nacional”, o jornalista lembrou o sentimento dos jogadores da Copa da França de 98, que diziam que o pior momento é pouco antes do jogo começar: “Eu

Fontes: Memória Globo e Revista Afro

ANTONIETA DE BARROS

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Antonieta de Barros, a primeira com mandato popular

 

Nasceu em 11 de julho de 1901, em Florianópolis (SC). Era filha de Catarina e Rodolfo de Barros. Órfã de pai, foi criada pela mãe. Depois dos estudos primários, ingressou na Escola Normal Catarinense.

Antonieta teve que romper muitas barreiras para conquistar espaço que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres, e mais ainda para uma mulher negra. Nos anos 20, deu início às atividades de jornalista, criando e dirigindo em Florianópolis o jornal A Semana, mantido até 1927. Três anos depois, passou a dirigir o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade.

Como educadora, fundou, logo após ter-se diplomado no magistério, o Curso Antonieta de Barros, que dirigiu até a sua morte. Lecionou, ainda, em Florianópolis, no Colégio Coração de Jesus, na Escola Normal Catarinense e no Colégio Dias Velho, do qual foi diretora no período de 1937 a 1945.

Na década de 30, manteve intercâmbio coma Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF) como revela a correspondência entre ela e Bertha Lutz, hoje preservada no Arquivo Nacional.

Na primeira eleição em que as mulheres brasileiras puderam votar e serem votadas, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense e elegeu-se deputada estadual (1934-37). Tornou-se, desse modo, a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil. Foi também a primeira mulher a participar do Legislativo Estadual de Santa Catarina.

Depois da redemocratização do país com a queda do Estado Novo, concorreu a deputada estadual nas eleições de 1945, obtendo a primeira suplência pela legenda do Partido Social Democrático (PSD). Assumiu a vaga na Assembléia Legislativa em 1947 e cumpriu seu mandato até 1951.

Usando o pseudônimo literário de Maria da Ilha, escreveu o livro Farrapos de Idéias. Faleceu em Florianópolis no dia 28 de março de 1952.

Fonte: Dicionário Mulheres do Brasil de 1500 até à atualidade 

JOHN ALBERT LUTULI

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                              primeiro negro Nobel da Paz

 
John Albert Lutuli (geralmente escrito Luthuli), também conhecido pelo seu nome zulu “Myumbi”, nasceu perto de Bulawayo (Rodésia) no ano de 1898 e foi o primeiro negro a receber o reconhecimento internacional por sua luta contra o racismo, recebendo em 1961 o Nobel da Paz, por ter retomado, nos anos 50, campanhas não violentas para desafiar as leis discriminatórias do apartheid.

Professor e político, em 1951, Lutuli foi eleito presidente do Congresso Nacional Africano, na época uma organização que liderava a oposição ao governo de minoria branca na África do Sul.

Lutuli liderou milhares de pessoas – especialmente mulheres – que boicotaram os ônibus, onde a distinção racial era vigente, e certos produtos agrícolas, cujos produtores obedeciam as leis racistas.

Como a maioria que lutava pela igualdade entre os homens, Lutuli foi preso, processado e proibido, a partir de 1959, de participar de qualquer tipo de manifestação popular, além de ser obrigado a se exilar durante 5 anos de sua terra natal.

Luthuli morreu misteriosamente, em 21 de julho de 1967, atropelado por um trem.

MARINA SILVA

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Primeira mulher negra candidata à Presidência da República, Maria Osmarina Silva, conhecida como Marina Silva, vem de uma trajetória incomum que teve início em fevereiro de 1958, nos seringais do Acre, onde viveu até os 16 anos, ainda analfabeta, para ganhar reconhecimento internacional na defesa do meio ambiente, tornar-se ministra e postular ser presidente do Brasil.

Em quatro anos, Marina foi analfabetismo ao vestibular. É graduada em História e pós-graduada em Psicanálise.

Sua vida familiar inclui o papel de chefe de família aos 14 anos, como a egunda filha, de um total de onze, do cearense Pedro Augusto da Silva; dois casamentos e quatro filhos.

Sua vida política, 30 anos de PT e menos de um ano de PV, o Partido Verde que abraçou sua candidatura à Presidência. Sua estréia nas urnas aconteceu em 1986 e em seu currículo consta a posição pioneira de primeira vereadora de esquerda de Rio Branco, em 1988, bem como a de deputada mais votada do Acre, em 1990. Aos 36 anos, em 1994, foi eleita a mais jovem senadora da República, reeleita em 2001. Grande parte de seu segundo mandato como senadora, entretanto, foi cumprido à frente do Ministério de Meio Ambiente, onde ficou por cinco anos e meio.

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MICHAEL JACKSON

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Michael Joseph Jackson nasceu em Gary, em 29 de agosto de 1958 e morreu em Los Angeles, há um ano, em 25 de junho de 2009. Ele foi o primeiro cantor afro-americano a receber exibição constante na MTV, tornando famoso o então novo canal. À popularidade de seus vídeos, como “Beat it”, “Billie Jean” e “Thriller”, é creditada também a transformação do videoclipe como forma de promoção musical.

Michael começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5. Sua carreira solo teve início em 1971 e lhe garantiu o reconhecimento como King of Pop (“Rei do Pop”) e maior ícone negro de todos os tempos. O álbum mais vendido e popular da história da música é “Thriller”de sua autoria. Ele assina, na verdade, os cinco álbuns de estúdio mais vendidos no mundo em todos os tempos. Além de “Thriller” (1982), “Of the Wall” (1979), “Bad” (1987), “Dangerous” (1991) e History (1995).

Como dançarino, Michael criou um estilo novo de dança, utilizando especialmente os pés. Com suas performances no palco e clipes, ele popularizou uma série de complexas técnicas de dança, como o “Robot”, o “The Lean” (inclinação de 45º), e o famoso “Moonwalk”, entre outros.

Seu estilo diferente e único de cantar e dançar, bem como a sonoridade de suas canções influenciou uma série de artistas do hip hop, R&B, pop e rock. Michael era também compositor, produtor, empresário e filantropo – doou milhões de dólares durante toda sua carreira a causas beneficentes.

Sua vida pessoal, como a mudança de sua aparência, principalmente a cor de pele devido ao vitiligo, geraram controvérsia significante a ponto de prejudicar sua imagem pública. Em 1993, também, Michael foi acusado de abuso infantil, julgado e absolvido.

Um dos poucos artistas a entrarem duas vezes ao Rock And Roll Hall of Fame, seus outros prêmios incluem vários recordes certificados pelo Guinness World Records, incluindo quinze Grammys e 41 canções a chegar ao topo das paradas como cantor solo – e vendas que superaram um bilhão de discos vendidos, sendo o artista mais vendido de todos os tempos.

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Nos últimos anos, Michael Jackson foi citado como “a pessoa mais famosa do mundo”.

Fonte: Wikipédia

JESSE LEROY BROWN

ImagemJesse LeRoy Brown (13/10/1926-4/12/1950) viveu 24 anos e foi o primeiro afro-americano naval aviador. Nascido em Mississipi, morreu em Kia, quando seu avião foi atingido durante a Guerra da Coréia. Jesse fazia parte da Marinha dos Estados Unidos e prestou serviço durante quatro anos.

Em honra ao alferes LeRoy, um navio de guerra recebeu o seu nome: USS Jesse L. Brown (DE -1089).Imagem

Fonte: Wikipédia

THURGOOD MARSHALL

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                                      O afro-americano nº1 na Justiça

 

 

 O jurista Thurgood Marshall (2 de julho de 1908 – 24 de janeiro de 1993) foi o primeiro afro-americano a servir na Suprema Corte dos Estados Unidos. Como advogado, antes de se tornar um juiz, ele sempre era lembrado por sua alta taxa de sucesso na argumentação perante o Supremo. Sua nomeação foi assinada pelo presidente Lyndon Johnson, em novembro de 1993.

Marshall nasceu em Baltimore, Maryland, bisneto de um escravo que nasceu em tempos modernos na República Democrática do Congo, seu nome original era Thoroughgood, mas ele encurtou-o para Thurgoodna segunda série. Seu pai, William Marshall, que foi porteiro ferrovia, ensinou-o a amar a Constituição dos Estados Unidos e o Estado de Direito.

Marshall recebeu seu diploma de Direito pela Universidade Howard Faculdade de Direito, em 1933, como primeiro da classe. Marshall, como advogado, ganhou 29 dos 32 casos que defendeu perante o Supremo Tribunal e serviu durante 24 anos como juiz.

Existem inúmeros memoriais à Justiça Marshall.

JORGE LAFOND

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A frase que o ator carioca Jorge Lafond mais repetia para os amigos definiu sua trajetória dentro e fora da televisão brasileira: “Quem não nasceu para incomodar não deveria nem ter nascido”. Lafond, morto há exatamente uma década, quando

uma parada cardiorrespiratória interrompeu sua vida aos 50 anos na madrugada de 11 de janeiro de 2003, incomodou várias pessoas. E divertiu muitas outras.

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Ele fez fama com a personagem Vera Verão, uma das maiores atrações que já passaram pelo humorístico A Praça é Nossa (SBT). As mulheres lindas da praça que tentavam fisgar um companheiro sempre acabavam perdendo o bonitão para a “bicha” — palavra obrigatória em qualquer esquete de Vera Verão, hilária mistura de travesti com drag queen.

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Mas Lafond ia além. Participou de eventos artísticos a favor da causa negra. Chegou a emagrecer 10 quilogramas só para interpretar um pajé na comissão de frente da Escola de Samba Beija-Flor no Carnaval do Rio de 1998. Ele desfilou cercado de 14 bailarinas, todos como índios caruanas, e a escola ficou em primeiro lugar, junto com a Mangueira.
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Diz-se por aí também que o ator ajudou a Índia Potira (nome artístico da ex-chacrete Gloria Maria Aguiar da Silva), que perdera tudo por causa do alcoolismo. Lafond teria dado a ela uma barraquinha de cachorro quente para que refizesse a vida.
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No entanto, como foi dito, o bom de Lafond era incomodar. Três fatos polêmicos provam isso. O mais famoso deles: o artista dizia ter vivido um romance de seis anos com um jogador casado da seleção brasileira de futebol. O menos famoso deles: em agosto de 1992, foi entrevistado pelo ácido Clodovil (1937-2009) na extinta Rede Manchete, porém a conversa nunca foi ao ar. Lafond teria respondido às perguntas ardilosas do estilista com a mesma dose de veneno… E, por fim, o fato mais triste: amigos do ator diziam que as complicações de saúde que o levaram à morte começaram depois que, numa participação no programa Domingo Legal, Lafond foi impedido de voltar ao palco (montado como Vera Verão) a pedido do padre Marcelo Rossi, que também estava na atração.

Polêmicas à parte, os anos se passam e Lafond ainda nos emociona. Viva Vera Verão!